Tiago Sousa promete implementar um hóquei “ofensivo” assente num processo “defensivo muito sólido” e afasta a obrigatoriedade de lutar pelo primeiro lugar. Antes disso, prefere vincar o desejo de ser candidato “a ganhar” cada encontro.
Tiago Sousa foi o nome escolhido pela secção de Hóquei da AD Sanjoanense para suceder a Vítor Pereira encetar a missão de devolver o clube ao primeiro escalão da modalidade. O antigo treinador do HA Cambra, que já subiu pelo Termas (da III para a II Divisão) e pelo Marinhense (da II para a primeira), explica que não foi “fácil” ter deixado Vale de Cambra, mas a “dimensão” dos alvinegros e a paixão dos adeptos pesaram positivamente na decisão. Promete implementar um hóquei “ofensivo” assente num processo “defensivo muito sólido” e afasta a obrigatoriedade de lutar pelo primeiro lugar. Antes disso, prefere vincar o desejo de ser candidato “a ganhar” cada encontro.
Tiago, o que o levou a aceitar este desafio?
A história da ADS e a sua massa adepta foram as principais razões para ter aceite o desafio que me foi proposto. Já há uns anos que ambicionava treinar um clube com a dimensão da ADS e, quando surgiu o convite da Direção, fiquei muito feliz. No entanto, não foi uma decisão fácil, visto que me sentia muito bem em Cambra, onde sempre fui muito bem tratado.
Não há como não fugir ao desejo dos sanjoanenses, que querem ver o clube rapidamente de volta na I Divisão. A subida será o objetivo?
Um clube como a ADS ambiciona sempre estar nos lugares cimeiros da classificação. Este grupo de trabalho vai fazer tudo para honrar a história do clube e subir o mais rapidamente possível. E se tudo correr bem, com o apoio de todos os sanjoanenses, queremos chegar a Maio de 2023 em posição de lutar pela subida à primeira divisão. Até lá seremos candidatos a ganhar cada um dos jogos que disputarmos.
No plantel houve claramente uma viragem para a formação, com o regresso de algumas caras conhecidas. Entre 12 jogadores, nove são da casa. Isso constitui uma vantagem ou desvantagem?
É uma desvantagem e uma vantagem. É uma vantagem no sentido que todos conhecem os pergaminhos do clube e sabem o quanto a massa associativa é exigente. Os jogadores formados no clube, sentem-no de forma diferente. É uma desvantagem, porque podem estar mais sujeitos à pressão, não só por serem da “casa”, como por serem ainda muito jovens.
JF
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3902 de O Regional,
publicada em 28 de julho de 2022