Formado na AD Sanjoanense, Edgar Almeida representou o Beira-Mar nas últimas duas temporadas, liderado pelo conterrâneo Ricardo Sousa. De saída dos auri-negros, Edgar passa a carreira em revista e mostra ambições de se reerguer no futebol.
Formado na AD Sanjoanense, Edgar Almeida representou o Beira-Mar nas últimas duas temporadas, liderado pelo conterrâneo Ricardo Sousa. O jogador mostra-se orgulhoso de ter representado um “histórico”, mas não ignora que o campeonato que agora terminou foi do 80 para o oito, em poucos meses, acabando numa inesperada descida de divisão. De saída dos auri-negros, Edgar passa a carreira em revista e mostra ambições de se reerguer no futebol.
O Edgar disputou um total de 18 jogos pelo Beira-Mar, que acabou por descer ao distrital da AF Aveiro. Que balanço faz da temporada 2020-21?
Foi uma temporada atípica, em que fica um sentimento de tristeza profunda, mas ao mesmo tempo de orgulho no meu carácter e na minha forma de estar no futebol e na vida. Os meus princípios sempre estiveram à frente de qualquer meta e jamais abandonaria este grupo de guerreiros. Passámos uma primeira volta sempre perto dos primeiros lugares, com um futebol atrativo, de qualidade, e fizemos um brilharete na Taça de Portugal, ombreando com o Santa Clara até ao último minuto. Mas, a partir de dezembro, foi um descalabro total a todos os níveis, com situações graves que não são de todo a imagem do clube. Pus, ponho e voltaria a colocar o pescoço por todos os atletas que trabalharam dentro daquele clube, pois foram gigantes na entrega e na dedicação.
Como tem estado a digerir a despromoção?
É uma tristeza inigualável. Foi uma das minhas maiores lutas enquanto lá estive, a perseverança, não deixar ninguém desligar, a cobrança a todos os níveis, fazer com que meus colegas estivessem sempre ligados ao objetivo e concentrados em elevar o nome deste histórico, mesmo com todas as dificuldades que atravessámos.
Infelizmente, não o conseguimos e foi um dos momentos mais difíceis da minha carreira, pois afastaram-me de lutar de mão dada com os meus colegas, por um objetivo que tanto queria e tanto lutei. São momentos que não quero recordar.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3847 de O Regional, publicada em 10 de junho de 2021.