Desporto

Associação Desportiva Sanjoanense já pagou dívida de IRC relativa à venda do atleta David Carmo

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Em nota de imprensa enviada à nossa redação, os Órgãos Sociais da Associação Desportiva Sanjoanense dão conta de que procederam, na passada semana, ao pagamento da dívida de IRC relativa à venda dos direitos económicos do atleta David Carmo, tendo saldado, junto da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), o pagamento do montante de 206.687,33€.
"A presente dívida, que constituiu uma pesada herança para a atual Direção do Clube, gerou-se após liquidação extraordinária em sede de IRC, por parte da AT, relativa ao período de 1 de julho de 2022 a 1 de julho de 2023."
O risco de paralisação da atividade do Clube, que à data a execução desta dívida poderia gerar, levou a que os sócios, em Assembleia Geral devidamente convocada pela anterior Direção, deliberassem, a 14/03/2024, a constituição de hipoteca voluntária sobre o Pavilhão dos Desportos, o que sucedeu.
A mesma nota dá ainda conta de que a constituição dessa hipoteca "permitiu que a anterior Direção da AD Sanjoanense não visse a atividade do Clube ser completamente paralisada, enquanto aguardava o desfecho da reclamação efetuada junto da AT relativamente à liquidação extraordinária de IRC". Contudo, já após se terem iniciado as funções da atual Direção do Clube, a AD Sanjoanense "foi notificada do indeferimento da reclamação efetuada".
A ADS explica ainda que, consultados os advogados que submeteram a reclamação, "foi entendido que seria quase nula a probabilidade de sucesso de um outro recurso, desta vez dirigido aos tribunais, e, depois de ponderados os custos em causa, a atual Direção da AD Sanjoanense optou por efetuar o pagamento do valor em dívida, que vinha acumulando juros diariamente".
Desta forma, acrescentam que "além de eliminar os riscos e danos que a existência de dívidas fiscais desta magnitude poderiam provocar à AD Sanjoanense, colocando em causa o bom funcionamento do Clube, bem como a receção de apoios financeiros devidos, nomeadamente associados ao Contrato Programa estabelecido com a Câmara Municipal de São João da Madeira, esta decisão contribui para uma salvaguarda do património do Clube, como é o caso do Pavilhão dos Desportos".
Esta operação, de acordo com a nota de imprensa, "só foi possível pelo sustento financeiro alavancado pela recente venda de ações da AD Sanjoanense, Futebol SAD, que contribuiu para uma ‘melhor saúde de tesouraria’ para encarar os diversos problemas herdados, ao mesmo tempo que se constrói um caminho de futuro na vertente financeira e de infraestruturas".
O clube refere ainda que, "mesmo ultrapassado", este é um tema que não deve ser esquecido, pelas tomadas de decisão a que "obrigou e que colocaram em causa a estabilidade do Clube", mas também pelo "condicionamento da ação e da estratégia que se pretendem implementar", já que, explicam, "mesmo tendo em conta a maior robustez financeira, não deixa de constituir uma transação de valor muito elevado e que seria perfeitamente evitável se a situação tivesse sido bem gerida por quem de direito".
A finalizar, contam que "são centenas de milhares de euros que vemos sair dos cofres da AD Sanjoanense e que, idealmente, seriam utilizados para alavancar o Clube nas suas diferentes vertentes". Ainda assim, "orgulhamo-nos por vermos concluído este dossier sem prejuízos de maior para o nosso Clube e continuaremos, como até aqui, a pautar o nosso trabalho com transparência e cuidado, com a missão primária de servir a AD Sanjoanense, procurando elevá-la a cada dia com um plano estratégico e sustentável que fomente o crescimento da instituição desportiva mais representativa de São João da Madeira".

Foto:DR
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