Cultura e Lazer

“Toni: A minha vida é um milagre” formaliza um testemunho de fé e superação

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A Biblioteca Municipal será palco, no próximo dia 24 de maio, pelas 16 horas, da apresentação do livro “Toni: A Minha Vida é um Milagre”, da autoria de Toni de Jesus Sousa, pseudónimo literário de António de Jesus Sousa. Natural de Escariz, no concelho de Arouca, o autor estreia-se na escrita com esta obra intimista, que compila episódios da sua vida em 88 páginas ilustradas com fotografias legendadas em português e francês.

A escolha de uma edição bilíngue não é aleatória, sendo que “o livro foi pensado como um presente afetivo para os muitos amigos” que o autor fez ao longo das décadas que passou em França. Como o próprio refere, “a intenção foi a de oferecer aos meus amigos franceses as minhas memórias e vivências passadas com eles. Claro que também ofereci aos meus amigos portugueses”. Trata-se, por isso, de um gesto de gratidão e de partilha que cruza geografias, línguas e afetos.
A obra é uma viagem por memórias que vão desde a infância humilde e rural em Portugal, passando pela experiência da emigração, até ao regresso ao país natal. Pelo caminho, revelam-se “episódios extraordinários, como um acidente aos 17 anos”, que o autor descreve como uma “experiência de quase-morte”, e que será comentado na apresentação pelo convidado Dr. Jacinto Alves, autor da obra “Espiritologia, a ciência do espírito”.
Outro convidado de honra será o Dr. Celestino Pinheiro, autor do livro “As minhas três escolas”, que fará a apresentação oficial da obra de Toni. A presença destas duas figuras assegurará o enriquecimento da tarde com reflexões sobre espiritualidade, identidade e o poder da memória.
Nascido a 13 de março de 1956, Toni de Jesus Sousa começou desde cedo a enfrentar os desafios da vida com coragem e esperança. Estudou na Escola de Fajões, no concelho de Oliveira de Azeméis, e desde os nove anos dividia os dias entre os estudos e o trabalho com o pai. A sua infância foi marcada por “uma forte ligação à família e por experiências espirituais, como o avistamento do que acredito ser a alma do bisavô”, aos 12 anos.
Aos 20 anos casou-se e foi cumprir serviço militar. Teve a sua primeira filha, Aldina, com essa idade. Três anos depois, partiu de férias para França, onde residiam a irmã e o cunhado, “mas o que seria uma breve estadia transformou-se numa nova vida”. Em solo francês, Toni consolidou a sua identidade de emigrante, mantendo sempre vivos os laços com Portugal.
“Quando Deus ou uma força superior nos acompanha, sentimos uma liberdade e uma força extraordinária! A vida transforma-nos e sorri-nos…”, escreveu Toni de Jesus Sousa na sinopse da sua obra. Esta fé é o fio condutor do livro, que se apresenta não como um relato cronológico, mas como uma colcha de memórias afetivas, milagres e encontros que moldaram uma vida vivida com intensidade e entrega.

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