Os candidatos do Partido Socialista à Câmara Municipal, Jorge Sequeira, e à Junta de Freguesia, Rodolfo Andrade, querem fomentar hábitos de leitura na cidade, oferecendo livros a sanjoanenses. Há também a vontade de fazer uma Feira do Livro.
As intenções foram deixadas este sábado, no Centro de Arte Oliva, na sessão temática sobre cultura, promovida pela candidatura socialista, que contou com a presença de Graça Fonseca, que, por sua vez, destacou a importância de estabelecer ligações entre a indústria e a cultura.
Sublinhando a importância do Encontro de Ilustração, que é promovido pela Junta de Freguesia, Rodolfo Andrade vincou que a cultura torna as pessoas “melhores”.
Já Jorge Sequeira fez questão de “prestar contas”, como o próprio indicou, enumerando as iniciativas criadas no seu mandato. “Muito satisfeito com os resultados”, o também atual presidente da Câmara confessou o desejo de fazer uma Feira do Livro, o que acabou por não dar no atual mandato, contudo, assegurou que já há trabalho feito nesse sentido e que a cidade vai ter esse evento.
O desafio é “consolidar estes programas” e “lançar uma política importante na área da promoção da leitura”. “Vai ser feito com a Junta de Freguesia. É um desejo do Rodolfo”, realçou Sequeira, completando que também serão feitas ofertas de livros, através do recenseamento eleitoral. Ou seja, todas as pessoas recenseadas no concelho entram em concurso e as selecionadas vão receber livros em casa.
“Nestes 4 anos, respirou-se e transpirou-se cultura em S. João da Madeira”, considerou Sequeira, acrescentando que “é muito difícil construir estes programas” e “criar hábitos” nos públicos. Numa lógica de apelo ao voto, o recandidato socialista concluiu que “era muito triste se tudo fosse deitado abaixo”.
Para o também presidente do PS local, Rodolfo Andrade, tendo em conta o período pandémico, “é incrível o que se fez em dois anos” e “é incrível a quantidade de pessoas a que se conseguiu chegar”. Além disso, o candidato à Junta de Freguesia anunciou o sorteio dos livros vai ter uma quota para escritores sanjoanenses, para “incentivar a escrita”.
Para Graça Fonseca, a cultura requer tempo e estabilidade. Só a partir daí, se pode “lutar por mais investimento”, pois, no entender da também Ministra da Cultura, não basta dizer que se quer dinheiro, é preciso saber o que se vai fazer com ele. “Criar redes, promover estabilidade e, depois, lutar por investimento”, disse.
Destacando igualmente a importância da arte contemporânea, a socialista salientou a relevância dos territórios saberem como se diferenciar, remetendo para a indústria e para as fábricas onde, sustentou, também se produz arte. “O país devia pensar mais, refletir mais, investir mais no cruzamento entre indústria e arte”, concluiu Graça Fonseca.