S. João da Madeira vai assinalar o Dia Mundial do Teatro (27 de março), com um livro sobre o festival e espetáculos online, numa organização da Câmara Municipal com o Espaço Aberto do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite (AESL).
A história do festival de teatro, agora escrita em livro, partiu da vontade de um grupo de professoras e da existência do Espaço Aberto, como explicou Elza Paiva, que integra o projeto.
À “experiência e vontade de extravasar a escola para a comunidade” juntou-se a “qualidade” das peças que os alunos já faziam, bem como o contacto com o Município, no sentido de criar o evento, que começou em 2007. A partir daí, disse a docente, o festival ganhou a “dimensão que toda a gente lhe reconhece”.
“Tinha de aderir de imediato” devido à “minha predisposição para o teatro”, contou a ‘O Regional’ Cristina Marques do Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior, responsável pelo grupo de teatro TOJ.
A professora colabora “em várias frentes” com o evento, desde a 1ª edição, e sublinhou que as iniciativas estão em linha com o contexto escolar. “Nunca prescindimos dos valores que norteiam uma comunidade educativa”, justificou, acrescentando que as peças dialogam com “alguns conteúdos trabalhados em sala de aula”.
Encenadora do TOJ e autora dos textos de dramaturgia, a professora de português referiu a vontade de “dar bom nome ao agrupamento” e “investir em prol da cidade”.
Para a sanjoanense, a pandemia veio trazer “outras modalidades de comunicar” e os próximos espetáculos, mesmo sem data para acontecerem, estão a ser pensados.
“O festival de teatro é um pilar muito importante na cultura sanjoanense”, concluiu Cristina Marques, reconhecendo o trabalho de continuidade “quase hercúleo” do Espaço Aberto.
O projeto nasceu para “criar dentro da escola um espaço aberto a iniciativas”, segundo Anabela Brandão, diretora do AESL, cujos três grupos de teatro envolvem atualmente cerca de 100 alunos.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3836 de O Regional, publicada em 25 de março de 2021.