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“Metamorfoses dos Plásticos” revelam trajetória, impacto e desafios do material que transformou o mundo

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São João da Madeira recebeu, no passado dia 7 de novembro, pelas 18 horas, a inauguração da exposição “Metamorfoses dos Plásticos – a Realidade e as Múltiplas Abordagens a um Material", uma mostra que divulga a trajetória deste material

A exposição oferece uma experiência abrangente que cruza ciência, design, indústria e sociedade. Os visitantes foram convidados a conhecer como os plásticos, desde o seu surgimento, alteraram a forma como se produzem e consomem bens, transformando objetos de luxo em produtos acessíveis e revolucionando setores como o calçado, a moda e o design industrial.
Para Sara Paiva, diretora do Museu do Calçado, “esta exposição é muito mais do que uma mostra de objetos. É a materialização de anos de investigação, de histórias de inovação e de desafios sociais. Os plásticos têm a capacidade de atravessar épocas e contextos, conectando objetos e pessoas de formas inesperadas. Cada peça aqui exposta conta uma história sobre criatividade, técnica e adaptação.”
A mostra não se limitou a enaltecer o plástico como material de inovação. Ela propôs uma reflexão crítica sobre os paradoxos do consumo contemporâneo, nomeadamente o impacto ambiental, o desperdício e as possibilidades de reutilização. Dulce Santos, vereadora do mais recente executivo municipal eleito, reforça que “esta é uma oportunidade para o público compreender a complexidade dos materiais que usamos todos os dias. Mais do que observar, queremos que cada visitante sinta e reflita sobre responsabilidade, inovação e sustentabilidade.”
Entre os destaques da exposição estiveram “peças icónicas que ilustram a evolução do plástico” ao longo dos tempos. Desde utensílios domésticos do século XIX, leques e objetos decorativos, até ao calçado moderno produzido em materiais sintéticos, a exibição evidenciou a versatilidade e a durabilidade do plástico, bem como a sua capacidade de adaptação às exigências do design contemporâneo.
Segundo a professora Maria Elvira Callapez, investigadora principal envolvida no projeto, “o encontro entre tradição e inovação é um dos aspetos mais ricos da exposição. Ver como materiais que outrora eram considerados revolucionários se integram agora em soluções sustentáveis é um convite a pensar sobre circularidade, durabilidade e responsabilidade social.”
A experiência do visitante é reforçada pela interatividade da exposição. Espaços dedicados a experiências sensoriais permitem tocar, experimentar e compreender a transformação do plástico ao longo do tempo, desde a matéria-prima até aos produtos finais. Workshops e sessões educativas complementam a exposição, proporcionando uma abordagem prática à ciência e ao design, estimulando a curiosidade e o pensamento crítico do público.
Além de resgatar a memória e a inovação, “Metamorfoses dos Plásticos” lança um olhar para o futuro, incentivando soluções mais conscientes e sustentáveis. A exposição coloca em diálogo passado, presente e futuro, mostrando que o plástico não é apenas um material de consumo, mas também um reflexo das escolhas coletivas e individuais da sociedade.
Sara Paiva sublinhou ainda que “cada visitante pode levar consigo uma nova perspetiva sobre o plástico”. Não apenas como um objeto de uso diário, mas como um material com histórias, possibilidades e responsabilidades. “É uma oportunidade de aprendizagem que vai além da estética, tocando na ética, na ciência e na consciência ambiental.”
Com entrada gratuita e aberta a todos os públicos, a exposição está patente até 26 de abril de 2026 e convida cada pessoa a ponderar não só o impacto dos plásticos na vida moderna, mas também o papel que cada um pode desempenhar na construção de um futuro mais sustentável e inovador.

 

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