Cultura e Lazer

“Matar os dinossauros” o terceiro livro de poesia de Cátia Cardoso

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É o terceiro livro de poesia de Cátia Cardoso. «Matar os dinossauros» marca a estreia da autora na Feira do Livro do Porto e a ideia para a obra surgiu na sequência de uma oficina sobre poesia e psiquiatria.

No último domingo, dia 1, a autora sanjoanense Cátia Cardoso estreou-se na Feira do Livro do Porto com o seu novo livro de poesia, “matar os dinossauros”.
Trata-se de um conjunto de poemas que se servem do conceito de dinossauros enquanto metáfora para o que não existe ou para o que incomoda.
“Como sempre, sou a favor da liberdade interpretativa na poesia e, portanto, os dinossauros podem ser o que cada leitora e leitor considere, sendo que qualquer interpretação atribuída aos meus poemas servirá sempre de prolongamento à minha poesia e isso é sempre positivo”, disse a autora a ‘O Regional’.
Livro Cátia CardosoO livro está dividido em duas partes, abrindo cada uma com tercetos nos quais a autora brinca com provérbios. “De certa forma, podemos entender a primeira parte como aquela onde os dinossauros ainda fazem estragos e ver os dinossauros mortos na segunda parte”, justifica Cátia Cardoso.
Quanto às temáticas abordadas, as mesmas “são diversas, à semelhança dos livros anteriores, porém, a escrita e a reflexão subjacente trazem, talvez, uma nova maturidade”. Isto porque, como confessa a autora “matar os dinossauros” resultou de um processo de “muito trabalho e rigor e uma nova seriedade no desenvolvimento de cada verso”. Além disso, partilha ainda que nesta obra teve mais cuidado com a fase de revisão, que em alguns casos foi mesmo uma fase de reescrita de poemas inteiros.
Este livro começou a ser pensado depois de Cátia Cardoso ter frequentado, no ano passado, uma oficina de poesia e psiquiatria, integrada numa escola de verão do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, desenvolvida no âmbito do projeto Psyglocal. “A coordenadora do meu doutoramento, na altura, partilhou comigo que, no âmbito de uma formação sobre psiquiatria e direitos humanos, visitaria o Centro de Arte Oliva, precisamente por saber que vivo cá. Fui pesquisar e achei interessante a programação, tanto pela visita ao CAO – já aprecio bastante a coleção de arte bruta – como pelas oficinas de poesia e inscrevi-me na formação completa”, conta.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 4000, de 5 de setembro de 2024 ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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