A exposição da artista Katharina Beilstein convida o público a navegar por entre a apresentação de forma interativa, onde as pessoas conseguem, imaginativamente, “entrar” e “manipular” as peças.
Inaugurada a 20 de maio, a exposição “Katharina Beilstein: Esculturas em Movimento”, encheu uma das salas do Museu do Calçado com entusiastas da moda, da escultura e da arte contemporânea. Do interesse em transformar as suas esculturas em objetos “calçaveis”, que a artista explorou o seu interesse no calçado não como objetivo de moda e estético mas enquanto estrutura para suporte de inspiração para trabalhar sobre a cor e a forma. Desde muito cedo demonstrava interesse em construir coisas e foi muito cedo, que durante o seu percurso académico, a escultora e designer, descobriu como o seu material de eleição, a madeira.
Uma exposição de superior importância para a cidade do calçado, importante para a política econômica e cultural da mesma. “A indústria do calçado é extremamente importante em S. João da Madeira e portanto para a promoção dessa indústria que gera tanto trabalho, também gera muita riqueza. É um museu que divulga aquilo que de melhor há a nível nacional e internacional do design de calçado”, assim afirmou o Presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira, Jorge Vultos Sequeira.
A meio do seu percurso criativo, começa a incluir o couro e o bronze como elementos igualmente escultóricos e funcionais. Peças associadas ao aparato são facilmente distinguidas pelo público que depressa se começa a questionar sobre a ideia de “Sapatos Impossíveis”, uma secção que chama a atenção e que elevam estes sapatos a um estatuto de obra de arte e não de design funcional. Esculturas únicas e esculpidas à mão que manifestam a importância da indústria do calçado da cidade.
Mas as novidades não acabam e a Diretora do Museu do Calçado, Sara Paiva, anuncia que a exposição inclui também peças de joalharia e que, na impossibilidade de o público experimentar e calçar as obras de arte expostas, confessa que outra atividade foi desenvolvida em parceria com a artista que trabalhando a cor e padrões, reproduz tapeçarias e convida o público a usufruir da sua imaginação para pintar uma “tapeçaria” exposta na parede do museu.