A instalação 'Invisíveis', inaugurada na sexta-feira, no âmbito do projeto Interferências 1.0, vai ficar no Museu da Chapelaria até, pelo menos, novembro.
A iniciativa pretende homenagear todas as pessoas que trabalharam na indústria da chapelaria, incluindo unhas negras e recoveiras, e trabalhou a partir do feltro, num objeto que esconde o retrato de várias mãos: as mãos que fizeram e transportaram chapéus.
"Invisíveis" contou com direção artística e conceção da figurinista Cláudia Ribeiro e integra ainda um livro que mostra o processo de criação: as mãos e os rostos das pessoas de S. João da Madeira que criaram a instalação.
O objeto foi colocado junto a uma fotografia dos homens que ficaram conhecidos como unhas negras, mas foi transportado por mulheres, conforme apontou Vera Santos, da equipa de apoio à criação.
Segundo a diretora do Museu da Chapelaria, Joana Galhano, a instalação, que teve ainda reposições ao longo do fim-de-semana, vai ficar agora exposta em cima da máquina onde foi colocada, até novembro, com possibilidade de se alargar o prazo. Isto porque será feito um sistema de suspensão para que seja possível subir o objeto e permitir aos visitantes do museu ver a máquina e a instalação.