No âmbito do projeto Interferências 1.0, que vai apresentar a 9 de julho um programa de rádio, está a nascer o estúdio, numa sala no edifício do Parque América. Dali será feita a transmissão para a Praça Luís Ribeiro
Os quatro artistas envolvidos na criação ligaram-se na pré produção, para recolher histórias e memórias sobre a praça. A partir dessa informação cedida pelos participantes, e da decisão de fazer um programa de rádio, construiu-se um guião. Os textos ficaram mais sob a coordenação da atriz Sara Barros Leitão, conforme explica Cláudia Ribeiro.
Segundo a figurinista, o guião tem “rúbricas, coisas verdadeiras” e ainda “outras que vão acontecer nos quatro sítios onde já houve outras criações artísticas”.
“Eu criei logótipos com os participantes, cada um fez um desenho sobre rádio e vão ser todos trabalhados para criar um logotipo”, refere ainda Cláudia Ribeiro.
Haverá momentos em direto, mas também falsos diretos. Os participantes serão “locutores, jornalistas, etc” e estão a ser criados jingles.
No dia 9 de julho, estará a decorrer a Feira do Livro na praça, mas Cláudia Ribeiro assegura que os artistas envolvidos no Interferências 1.0 são “muito adaptáveis”.
“Claro que causa alguns constrangimentos, mas já esta tudo definido. Vamos usar o sistema de som deles para transmitir o programa e a Didascália está em contactos para termos aquele horário limpo”, sublinha, completando que “trabalhar com as comunidades e em espaços que não dominamos tem que ver com lidar com o imprevisto no dia-a-dia”.
“Foram aparecendo uma série de condições e vamos decidindo passo a passo e adaptando”, indica ainda.
Para Cláudia Ribeiro, esta criação vai permitir conhecer “a voz dos participantes todos que, ao longo de um ano e meio, fizeram este percurso e esta reflexão” sobre espaços da cidade.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3897 de O Regional,
publicada em 23 de junho de 2022