Arrancou no dia 24 de novembro, a 14ª edição do Encontro de Ilustração de S. João da Madeira, que acontece pela primeira vez no novo formato bienal. Para a organização, o evento já “superou as expectativas”, tendo chegado a mais pessoas
O Encontro Bienal de Ilustração começou com a inauguração de várias exposições, nos Paços da Cultura, incluindo a mostra que reúne os trabalhos dos 12 finalistas desta edição.
Recorde-se que a Junta de Freguesia anunciou que houve um “recorde”, com 151 inscrições e 302 ilustrações oriundas de autores de 14 nacionalidades distintas, sobre o tema “vida”.
Nos Paços da Cultura, é ainda possível ver uma exposição com artistas de vários pontos do mundo, sobre a guerra na Ucrânia.
“Normalmente, estes trabalhos retratam a história, aqui temos 120 trabalhos de ilustração que retratam a atualidade”, sublinha o Presidente da Junta de Freguesia, Rodolfo Andrade.
Este ano, a organização pretende democratizar a ilustração e fazer com que esta chegue a todas as pessoas e não apenas àquelas que já têm interesse na área. Para tal, além de serem gratuitas, as atividades decorrem sobretudo no espaço público, na zona central da cidade, procurando despertar curiosidade em quem por lá passar durante estes dias em que S. João da Madeira pretende afirmar-se como “a capital da ilustração”.
As montras dos estabelecimentos daquela zona também se decoraram a rigor, para celebrar a “vida”.
Este e no próximo fim-de-semana, a animação de rua está igualmente garantida, com o objetivo de atrair públicos de todas as idades.
O chefe do executivo da freguesia considera que a edição deste ano, que vai a meio, já “superou as expectativas”.
Lembrando que era “extremamente importante dar um salto no Encontro de Ilustração” e permitir que “a ilustração chegasse à população em geral”, Rodolfo Andrade entende que o “objetivo foi atingido”.
Apesar de ser “arriscado”, o autarca acredita que valeu a pena correr o risco, o que constatou pelo fim-de-semana passado, em que houve workshops, masterclasses, o mercado ilustrado, um mini porto belo, entre outras iniciativas, em que “o tempo ajudou”.
Houve ainda uma atividade de panquecas ilustradas, em que os participantes faziam o seu desenho numa lousa, que depois era transferido para o formato de panqueca. “Quanto mais espetacular o desenho, mais espetacular as panquecas”, frisa Rodolfo Andrade, garantindo que se chegou “a mais gente”.
Além disso, durante os dois fins-de-semana abrangidos pela programação do Encontro de Ilustração, há cinema ilustrado em exibição no último piso dos Paços da Cultura, sendo que na passada segunda-feira, dia 28, passaram por aquele edifício mais de mil crianças do 1º ciclo, segundo deu nota a ‘O Regional’ Rodolfo Andrade.
Para o próximo fim-de-semana há mais um “programa vasto”, em que “o momento alto será o concerto ilustrado e a entrega de prémios aos três primeiros qualificados”.
“Toda a dinâmica e o registo diferente permitiram chegar a públicos fora do nicho da ilustração”, sustenta o Presidente da Junta.
Além disso, Rodolfo Andrade refere que esta edição está a permitir “perceber o potencial gigantesco e a qualidade fora de série” do Encontro de Ilustração. “Este arriscar, sair fora da caixa do que era tradicional, já nos permitiu ver o potencial e ter muitas ideias para a próxima bienal”, completa.
Já questionado se foi o formato bienal que permitiu ao Encontro de Ilustração crescer, o autarca refere que se investiu “um pouco mais, a Junta não tem orçamento que permita, se calhar, aumentar o investimento anual”, remetendo também para o “esforço dos recursos humanos associados a um evento desta dimensão”.
Em todo o caso, e conforme já referiu noutros momentos, Rodolfo Andrade assegura que o facto de o Encontro ter passado a ser bienal “não significa que a ilustração vai estar ausente durante os próximos dois anos”, em que serão pensados outros momentos para assinalar esta arte, que ficam ainda por revelar.
O 14º Encontro de Ilustração de S. João da Madeira encerra no domingo, dia 4.