Arranca esta sexta-feira, dia 25, o Encontro Bienal de Ilustração, que já prometeu fazer da cidade a capital da ilustração, pelo menos, até 4 de dezembro, contando com diversas novidades, além do formato bienal, naquela que é a 14ª edição do evento.
No primeiro dia do Encontro, abrem as exposições nos Paços da Cultura, entre as quais dos finalistas desta edição, cujo tema é “vida”.
Recorde-se que são 12 os finalistas: Anna Aparicio Català (Espanha), Catpivara (Portugal), Cristina Clemente (Espanha), Diovo (Portugal), Julio António Blasco, Sr. López (Espanha), MARLA XL (Cuba), Michel Casado (Espanha), Pedro Sim (Portugal), Pintorabiscos (Portugal), Pupé (Argentina), Ricardo Ladeira (Portugal), Vitor Rocha (Brasil).
Há ainda espaço para a exposição “Quadrícula”, com trabalhos do vencedor da 12ª edição e uma exposição de brinquedos artesanais do artesão Simão Bolivar, assim como outras mostras de ilustração que partem de livros.
“Os Traços da Guerra” é uma exposição coletiva, que junta trabalhos de mais de 100 ilustradores de várias zonas do mundo, sobre a guerra na Ucrânia. São obras sobre “a resistência, coragem, solidariedade e, acima de tudo, de esperança, através das ilustrações que, de forma espontânea publicaram nas redes sociais, num apelo universal a uma paz que tarda mas que todos queremos acreditar que vai chegar”, lê-se no programa.
Fazem ainda parte da programação intervenções artísticas no espaço público, como as “Montras Ilustradas”, com curadoria e texto de Adélia Carvalho e participação de quatro ilustradores, que vai “dar vida às montras dos estabelecimentos comerciais próximos dos Paços da Cultura” e “As árvores ganham vida”, em que o ilustrador Ricardo Ladeira vai demonstrar como as “árvores vão ganhar vida e prometem ter muito para contar”. Já “Corta e Cola Existencial / A minha vida é uma colagem” é uma intervenção de ilustração, em que “de testemunhas silenciosas os bancos de jardim passam a mensageiros da poesia visual da artista plástica Helena Rocio Janeiro, expondo um conjunto de trabalhos em que a artista retrata as vulnerabilidades que decorrem da condição humana sugerindo a sua transformação em forças”.
Na tarde de sábado, dia 26, há um Mini Porto Belo, no exterior dos Paços da Cultura. Trata-se de um mercadinho dinamizado por crianças e para crianças, no qual podem ser trocadas leituras, mas também brinquedos, jogos, roupas e “até talentos dos mini empreendedores”, como refere a organização.
Recorde-se que o Encontro de Ilustração, promovido pela Junta de Freguesia, conta este ano com várias novidades, além do formato bienal. Esta edição conta com uma programação que pretende democratizar a ilustração, atingindo não apenas as pessoas interessadas, mas envolvendo toda a comunidade, através de um diálogo com outras artes, como o cinema (serão também exibidos filmes de animação de curta duração), a literatura, a música, o teatro de marionetas e até a gastronomia, havendo no próximo fim de semana duas oficinas de panquecas ilustradas.
Segundo o Presidente da Junta, Rodolfo Andrade, na apresentação da programação, que decorreu na semana passada, “a ideia é trazer o encontro para o centro da cidade” e para todas as pessoas e não apenas aquelas que já têm interesse pela área da ilustração.
No seguimento da vontade do executivo da freguesia, todas as atividades são gratuitas e abertas a toda a gente e vão decorrer na zona central da cidade, sendo a zona dos Paços da Cultura um local privilegiado.
A programação do Encontro Bienal de Ilustração de S. João da Madeira tem atividades a decorrer até ao dia 4 de dezembro, sendo que no penúltimo dia serão divulgados os premiados desta edição.