Com apenas 19 anos, Duarte Pádua, natural de S. João da Madeira, está a emergir como um dos talentos mais promissores da música nacional. O seu primeiro single, “Don’t Wait For Me”, ganhou destaque ao integrar a banda sonora de “Morangos com Açúcar”.
Jornal O Regional: Consegues contar-nos um pouco de como começou a tua carreira musical?
Duarte Pádua: Por volta dos 8 anos, comecei a tocar guitarra, por influência do meu avô, que sempre fez parte de bandas e me transmitiu o gosto pela música. Tive aulas de guitarra até aos 12 ou 13 anos, mas acabei por deixar devido ao futebol, pois não conseguia conciliar as duas atividades. Durante a pandemia, voltei a tocar e a redescobrir a paixão pela música, tornando-me autodidata, ao aprender através de vídeos no YouTube. Foi nesse período que comecei a ganhar confiança para cantar e concebi o meu primeiro single, “Don’t Wait For Me”. Inicialmente, não tinha coragem de me apresentar em público, mas com o encorajamento da minha irmã, publiquei o primeiro vídeo e recebi um ótimo feedback, tanto de pessoas próximas como de desconhecidos. Isso motivou-me a continuar a trabalhar e a aprender mais sobre música.
Sabemos que apesar da carreira musical, também és estudante do ensino superior. Como pensas conciliar estas duas vertentes?
Estou a estudar Estudos Europeus, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e diria que não é fácil conciliar os estudos com a música, especialmente quando a minha paixão principal é a música e é isso que quero fazer da minha vida. No entanto, acredito que, com esforço e dedicação, tudo é possível. Aproveito as tardes livres ou momentos em que estou menos ocupado para ir a Lisboa, onde tenho os meus produtores e o estúdio de gravação. Nos intervalos das aulas e em tempos livres, tento tocar, ir a estúdios em Coimbra e conhecer outras pessoas e artistas. Para mim, o segredo está no esforço e na gestão eficiente do tempo.
Quais são as tuas principais influências musicais? Algum artista em particular que te inspire na sua vertente Pop e R&B?
Em Portugal, os meus artistas de eleição sempre foram o Richie Campbell e o Van Zee. Internacionalmente, admiro muito o Justin Bieber, assim como bandas de estilos diferentes, como os Natiruts e o Lenny Kravitz. Gosto de um pouco de tudo, e isso reflete-se na minha música, que incorpora influências de vários géneros e nunca segue um estilo único.
“Don’t Wait For Me” foi um sucesso e fez parte da banda sonora dos “Morangos Com Açúcar”. Como foi a experiência de veres a tua música, ganhar tanta visibilidade?
Foi uma experiência incrível. Quando lancei a música, não esperava que tivesse o alcance que teve. Após algum tempo, quando as notícias e visualizações começaram a diminuir, recebi uma chamada a comunicar-me que queriam incluir a minha música na banda sonora dos novos “Morangos com Açúcar” foi extremamente gratificante. Mostrou-me que todo o esforço e crença no meu trabalho valem a pena, pois as conquistas sempre chegam como recompensa.
O teu single “Pensar” foi produzido pelos Cozy. Como foi trabalhar com eles e qual a importância que essa colaboração teve para ti?
Significou muito para mim, num momento em que me encontrava a duvidar das minhas capacidades e a perder um pouco o amor pela música. Eles conseguiram reacender essa paixão e fortalecer a minha confiança, o que resultou na criação do meu último single, “RoadTrip”. A música já estava em processo, mas foi com a colaboração deles que consegui finalizá-la da melhor forma possível, na minha opinião.
“RoadTrip” é a tua mais recente canção. Podes contar-nos um pouco sobre o processo criativo por detrás dessa música e o que ela representa? Como foi o processo de criação e gravação desse videoclipe?
A criação desta música foi bastante simples para mim. Escrevi-a no meu quarto, durante a madrugada, em cerca de três a quatro horas. Este é o meu processo criativo típico – rápido e intuitivo. Normalmente, começo com uma melodia ou letra e desenvolvo a música com a minha guitarra, que é o meu instrumento favorito e o que mais toco. Já tinha feito uma pré-produção sozinho e, em seguida, fui a Lisboa gravar com os Cozy. Todo o processo de gravação durou apenas cerca de quatro horas, o que tornou tudo muito prático e eficiente.
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