Opinião

Rua Oliveira Júnior - Um Natal Incerto para o comércio…

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É com apreensão que olho para o desenvolvimento da empreitada na Rua Oliveira Júnior nos últimos meses. O cenário é claro: as obras de requalificação, que começaram no final de junho, ainda não estão concluídas, e o prazo que se estipulou como meta para a sua finalização, antes do Natal, está à porta. A incerteza paira sobre os comerciantes locais, e a sua voz ganha destaque neste capítulo de preocupações.
Quando as obras arrancaram, a “promessa” de que a Rua Oliveira Júnior ressurgiria com um novo esplendor, atraindo mais visitantes e fomentando o comércio local, o que desejamos vir a ser uma realidade no futuro após o final da sua requalificação. No entanto, o atraso nas obras trouxe por agora poeira e detritos, mas também uma grande dose de incerteza e desafios para os comerciantes que operam nesta rua.
O projeto de requalificação foi apresentado aos comerciantes como uma empreitada dividida em três fases, com um prazo de conclusão estimado de cinco meses. No papel, estava um plano promissor, planeado de forma a evitar os impactos durante a época de Natal, que é vital para os negócios locais. No entanto, à medida que nos aproximamos da data de conclusão prevista, as obras continuam em andamento, e a frustração dos empresários do comércio cresce.
Um dos problemas mais preocupantes é a falta de comunicação adequada por parte do executivo municipal. Os comerciantes têm sido mantidos no escuro, incapazes de definir uma estratégia comercial para o mês de dezembro, tradicionalmente um período de maior movimento e vendas. Esta incerteza dificulta que ajustem os seus planos de negócios e promoções sazonais, deixando-os numa situação extremamente injusta e angustiante.
O impacto financeiro desse atraso não pode ser subestimado. Os comerciantes da Rua Oliveira Júnior pertencem a um setor que são a espinha dorsal da nossa economia local, e muitos deles já enfrentaram anos difíceis devido a fatores como a pandemia, inflação e mudanças nas dinâmicas de consumo. Agora, a incerteza em torno das datas de conclusão das obras está a afetar gravemente as suas receitas e a estabilidade dos seus negócios.
É vital que o executivo municipal assuma a responsabilidade e estabeleça uma comunicação eficaz com os comerciantes. Devem ser estabelecidos canais de informação para mantê-los atualizados sobre o progresso das obras, permitindo que possam fazer um planeamento mais sólido para o mês de dezembro e além.
Além disso, seria digno de nota que o executivo municipal considerasse um modelo de compensação concreto aos comerciantes afetados por esta empreitada e com isso aliviar as dificuldades que muitos enfrentam!
No futuro a criação de uma campanha de sensibilização que incentive os residentes e visitantes a apoiarem o comércio local é igualmente essencial. A organização, a força decisória e a vontade estão do lado do executivo, que detém o poder de criar as condições necessárias para revitalizar a economia local e impulsionar o fluxo de clientes nas nossas ruas.
Este possível atraso nas obras da Rua Oliveira Júnior é inquestionavelmente preocupante, que afeta muitas famílias, e é fundamental que a autarquia reveja o planeamento e a gestão deste projeto de requalificação, garantindo a sua conclusão no menor tempo possível.
Os empresários do comércio merecem apoio e solidariedade, e cabe ao executivo municipal tomar as medidas necessárias para assegurar que a rua recupere rapidamente a estabilidade, de que tanto necessitam neste momento crítico. Não basta pedir compreensão!

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