João Miguel Azinheira foi ordenado sacerdote na Sé do Porto. Aos 29 anos o abade não teve dúvidas quanto ao caminho que escolheu, e garante que ser padre, hoje, é ser uma pessoa “humilde, abnegada e presente”, nem que seja para uma “palavra de apoio"
A celebração da ordenação decorreu no último domingo, dia 9, na sé do Porto, e foi presidida por D. Manuel Linda, bispo da diocese, contando com a presença do abade de S. João da Madeira, Álvaro Rocha, de muitos familiares e amigos do novo sacerdote.
Numa intervenção, citada pelo jornal ‘Voz Portucalense’, o novo padre da diocese do Porto lembrou que foi durante o período em que estudava Biologia em Aveiro que se sentiu “inquietado e tocado” pelo chamamento do sacerdócio. “Lembro-me perfeitamente que, na residência, com os outros estudantes, eu fechava-me no meu quarto e, às 21h30, rezava o terço, sintonizado com Fátima”. Por fim, apresentou-se ao “meu pároco” e fiz-lhe a proposta de ingressar no seminário.
Na altura o pároco de S. João da Madeira era o Padre Domingos Milheiro, e, quando João Azinheira lhe revelou que ia entrar no seminário, “fez questão” de o encaminhar para o Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição, da Sé. “Mantive-me lá durante seis anos, com formação intelectual e pastoral. Para mim, o seminário foi muito importante, não só por esta questão da formação, do contacto e do alargar de horizontes que tive com todos com quem passei, mas também com o aprofundar da minha própria fragilidade, e de como a usar no serviço a Deus, à Igreja e à comunidade”. Passados seis anos, os anos de pastoral, o novo pároco sanjoanense estagiou na paróquia de Rio Tinto, em Gondomar. Na declaração de vídeo ao mesmo jornal assume que “ser padre, hoje, é ser uma pessoa humilde, abnegada, e uma pessoa presente sempre que alguém precise de nós, sempre que precise de uma palavra de apoio, de alguém precise que lhe falem de Deus, sempre que alguém precise de um conselho. Um padre deve ser presença na comunidade, deve ser a imagem em espelho de Jesus, o Bom Pastor”.
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