Pároco Álvaro Rocha já visitou o País-Irmão sublinhando que, com esta missão, além do objetivo de criarem melhores condições de vida nessa comunidade, tencionam, fazer “uma igreja, residência paroquial, secretaria paroquial e espaço para catequistas
A Paróquia de S. João da Madeira está a preparar um projeto de intervenção missionária dirigido à futura Paróquia da Boa Nova de Assango (vila e comuna angolana que se localiza na província de Cuanza Sul, pertencente ao município de Amboim). Segundo o pároco sanjoanense, Álvaro Rocha, esse trabalho, impulsionado pelo padre Augusto Farias (missionário da Boa Nova e pensador do projeto), tem os objetivos de “criar melhores condições de habitabilidade” e “autossustentabilidade” para a população dessa comunidade.
A população desta vila é “essencialmente rural”, e está situada “distante dos grandes centros”, necessitando de “criar saber”, sobretudo em áreas técnico profissionais, para assim se formarem “oficinas locais”, que permitam desenvolvimento na “habitação”, explicou a ‘O Regional’.
Considerou igualmente que até uma máquina de “fazer blocos em terra comprimida” pode “fazer a diferença”, portanto, há a necessidade de “formar” quem as use para que haja “evolução” na “qualidade de vida das pessoas”.
“Depois a comunidade local fica com uma oficina para seu benefício, cuidando da sustentabilidade da atividade que a máquina deve gerar”, acentuou.
Além da já referida carência a nível das estruturas, nomeadamente habitação, essa comunidade carece também de “educação” e tudo o que diga respeito “à saúde, higiene e ao seu acesso”.

O padre Rocha explicou também que a vila conta “apenas” com uma escola que é da Igreja, e que leciona apenas até ao 9º ano, sendo a única da região. Acrescentou que “não há absolutamente mais nada”, não dispondo a população de “igreja ou serviços pastorais”, assim como das “respetivas estruturas de apoio”, para as “mais de 50 comunidades”.
Definiu como urgente a “criação de estruturas de apoio” para trabalhos comunitários, “seja a nível religioso” ou a nível de “apoio social”, na construção de “oficinas de serralharia e carpintaria”, e “na formação profissional”.
Disse que, numa nova missão “há muito a fazer”, uma “igreja, uma residência paroquial”, uma “secretaria paroquial”, um “espaço para receber e alojar os catequistas”, que “percorrem 30 ou 40 km a pé” para irem ao “centro da missão, (o espaço para formação dos agentes de pastoral)”.