O último fim de semana ficou marcado pela passagem por S. João da Madeira de vários grupos de peregrinos, e da partida de alguns sanjoanenses que pretendem chegar a tempo das celebrações do 12 e 13 de maio.
Quem parte de S. João da Madeira tem pela frente aproximadamente 170 quilómetros até chegar ao Santuário de Fátima, mas há quem venha de Paços de Ferreira, Paredes e até de Guimarães. São homens e mulheres, vestidos de forma desportiva, com ou sem experiência, novos e velhos, uns com um ar mais cansado do que outros.
A maioria dos peregrinos conhece bem o caminho, pois esta é uma missão que os acompanha há muito, mas também há quem se “aventure” pela primeira vez, para caminhar, em média, nove horas por dia.
Segundo o ´Regional´ apurou junto de fonte próxima da igreja de S. João da Madeira, não se conhece um grupo organizado que tenha saído nos últimos dias em direção ao santuário, como a que se realizou em junho do ano passado.
Ana Maria Barbosa, de Cesar, Oliveira de Azeméis, tem 58 anos, e há 12 que faz esta viagem, que assume ser “muito desgastante”. Ao contrário de anos anteriores decidiu dividir o trajeto por três dias em abril (dias 19, 22 e 30), com um grupo de 22 pessoas. No primeiro percorreu aproximadamente 57 quilómetros, no segundo 51 e no terceiro outros 51, e os 12 quilómetros que restavam percorreu no dia seguinte. “É um sacrifício com muito valor para quem promete. Na vida nada se faz sem sacrifício. Não podemos ir como se um passeio se tratasse. O pensamento da promessa e a fé “ vão de mãos dadas”, confessa. Este grupo foi acompanhado, em permanência, por um carro de apoio “É fundamenta e muito importante”, uma vez que se uns têm melhor capacidade de locomoção outros não tanta. “Ajudamo-nos uns aos outros”. Ana Barbosa não sabe o que é uma bolha nos pés. “Felizmente aguento bem os cerca de 170 quilómetros. E quero conseguir ainda por muito tempo”, pois a promessa que fez “é mesmo para cumprir”, garante.
Centenas de peregrinos passaram em S. João da Madeira, no último sábado, percorrendo os caminhos que os conduzem ao Santuário de Fátima, para ali participarem nas comemorações das aparições de Nossa Senhora. As razões são várias: se uns fazem-na para cumprir as suas promessas, outros querem viver a experiência e há mesmo quem acompanhe para simplesmente apoiar. Mas todos caminham pela fé em “nossa Senhora de Fátima”, a quem fazem questão de ir agradecer.
Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa de 11 de maio ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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