“Formação”, “profissionalização” e “criação de condições” foram os aspetos mais realçados pelas várias entidades que discursaram, no passado dia 29 de abril, na sessão solene das comemorações dos 95º anos da AHBV de S. João da Madeira.
Cuidar dos “Bombeiros Voluntários”, olhar para eles pela “dedicação à missão” de “socorrer pessoas e bens”, e não pela “caridade”, foi um dos pontos frisados pelo comandante Normando Oliveira na sessão solene. O dirigente enalteceu a necessidade de se “apostar na formação”, uma vez que “não se consegue ter bombeiros com alguma qualificação em dois ou três anos”. Só ao fim de cinco é que, “se calhar”, começam a ter “maturidade”, o que os fará “cumprir cabalmente a sua missão”, clarificou. Acrescentou que os bombeiros querem cumprir “a sua missão”, mas também ter alguém que “cuide” deles, e esse cuidado está a “faltar”. Nesse seguimento pediu a Jorge Vultos Sequeira, também presente, para estar atento “às fragilidades”.
Tempo de Sucessão
“Os anos passam, os homens mudam, mas as instituições continuam renovando-se nas mudanças”, reforçou o presidente da Direção, Carlos Coelho, informando que “é necessária a mudança”, sendo esta a altura de se preparar a “sucessão”, afigurando-se também como o momento ideal para se “prepararem novas pessoas”, com “novos projetos e ideias”, que consigam “inovar a instituição”. Fez um agradecimento especial ao vice-presidente da Direção, Diamantino Pinho, bem como a Domingos Ferreira, Presidente do Conselho Fiscal, que o acompanharam nesta jornada, realçando que esses são “homens sem farda” que também entregam as suas vidas, “sacrificando-se” para que nada “falte” aos “operacionais, corpo de bombeiros e cidade”.
O Presidente não deixou de reforçar que a “profissionalização progressiva” e “adaptada ao socorro”, sem “menosprezar o voluntariado” vai-se revelar “imprescindível” no futuro, denotando que a constituição da 3ª EIP concelhia é “indispensável”. Desse modo, dirigiu-se a Jorge Sequeira, Presidente da Câmara, pedindo que este assinasse o protocolo para a constituição desta unidade, garantindo assim o “superior bem de pessoas e bens”. Em resposta, Sequeira garantiu que foi solicitada a criação da 3ª equipa de intervenção permanente, e vão dar os “passos necessários” para que esta entre “em funcionamento o mais rápido possível”. O edil mais referiu que é necessário “modernizar os equipamentos”, e que, para isso vai levar à próxima reunião de câmara a proposta para comparticipar com 35 mil euros na aquisição de uma nova ambulância de socorro, que “acresce aos subsídios ordinários que atribuíram à instituição”. Concluiu exortando que deve ter-se a consciência que a proteção civil é uma competência estatal e municipal, e que “é dever” das entidades públicas fixar “bons exemplos” e “transmiti-los aos mais jovens”.
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