Tiago Peixoto, diretor desportivo da APROJ, orgulha-se de ter a equipa de infantis a disputar o campeonato nacional e perspetiva também a próxima temporada.
A APROJ superou a marca dos 100 atletas durante a atual temporada. Como é que encaram estes números e de que forma é que vão ao encontro dos objetivos traçados pelo clube?
A APROJ preparou o projeto desportivo para o triénio 2022/25, ainda a época 2021/22 estava em curso. O facto de trabalharmos com bastante antecipação, e com uma visão de médio prazo, permitiu criar uma base sólida para o que seria a corrente época 2022/23. O facto de termos superado a marca dos 100 atletas significa, acima de tudo, que a abordagem realizada foi coerente com a realidade da modalidade no concelho, com os recursos disponíveis, e que a mensagem passada à comunidade de jovens e respetivos encarregados de educação foi assertiva. O número em si é interessante, mas o projeto tem uma forte ambição ao nível qualitativo, não somente quantitativo. Pois queremos que a APROJ seja vista como uma referência na formação de atletas.
Que fatores têm contribuído para este crescimento?
Muitos fatores contribuíram para este crescimento, mas nomeadamente o forte envolvimento dos encarregados de educação, a qualidade dos recursos técnicos e a capacidade de resposta de toda a estrutura do Voleibol às exigências, traduziu-se numa resposta muito positiva das atletas. E isso é o mais importante. Com as atletas felizes com o que fazem e comprometidas com a equipa e com o clube, torna-se natural que os resultados apareçam.
Como olham para os resultados desportivos obtidos até ao momento e quais as expectativas até ao final da temporada?
Para uma temporada de retoma, após duas épocas difíceis para a formação desportiva em geral devido à pandemia e, em particular, para uma modalidade sem grande historial na nossa cidade, podemos desde já referir que os resultados obtidos são satisfatórios. O foco até ao final da temporada é consolidar os grupos de trabalho sem colocar pressão ao nível de resultados. O facto da equipa de infantis estar a disputar o Campeonato Nacional constitui um enorme orgulho para o clube, mas não nos vamos deslumbrar, atendendo a que se trata do recomeço de um projeto desportivo que obrigou a uma forte reestruturação. A base da formação já apresentou níveis interessantes que deixam antever uma próxima época consistente, assim como os escalões de Iniciadas e juvenis.
A APROJ está no rumo certo? Quais os planos para a próxima época? Querem deixar algum repto à comunidade?
O sentimento é que a APROJ está efetivamente no rumo certo. O mais importante agora é não perder o foco nos objetivos delineados e continuar a trabalhar arduamente nas oportunidades de melhoria que vão sendo identificadas. Perspetiva-se uma próxima época de menor crescimento quantitativo, mas de maior evolução ao nível da qualidade técnica. O clube tem como pretensão manter algumas linhas diferenciadoras que este projeto apresenta, nomeadamente ao nível do desenvolvimento pessoal das atletas, atividades de cariz social e de interação com a comunidade sanjoanense. Para tal, necessitamos que os nossos parceiros institucionais, os encarregados de educação e todos os demais intervenientes no processo de desenvolvimento do projeto se mantenham ao lado do clube como o têm feito na presente época. Para termos uma próxima época com seis escalões em competição, conforme os objetivos delineados, continua a ser necessário o forte empenho de todos, e que acima de tudo as atletas sintam-se bem na APROJ. Esse é o objetivo primordial e não nos vamos desviar dele, sempre com o foco na evolução da qualidade dos plantéis.
FG