É frequente... Engano meu! Era bom de facto que fosse com alguma frequência que acontecesse cá pelo burgo – “A cidade sem automóveis”. O que acontece realmente é uma vez por ano. Nem nos lembramos, nem tradição, muito menos um bom hábito. O mau hábito que nós temos é deslocarmo-nos para todo o lado de carro. E até ficamos aborrecidos quando temos de estacionar longe do local onde pretendemos ir.
Cá por casa, resolvemos implementar a semana sem carro. No final da semana fizemos o balanço: foi positivo! Por este motivo resolvemos continuar com esta iniciativa por mais uma semana. Esta experiência é tão salutar que de facto não se pode desperdiçar. Temos logo à cabeça o calor humano. Os encontros com pessoas que há anos não nos víamos. Depois, a nossa condição física sofre melhoras. Depois, as finanças agradecem e de que maneira!!! Quando andamos de carro a nossa saúde mental é constantemente posta à prova. Desde a buzinadela quando entramos na rotunda quando não o devíamos fazer, aos buracos constantes que tratam mal a saúde do automóvel... enfim, sempre os prós e os contras.
Enquanto caminhamos observamos com outro sentido crítico. E começamos logo a lamentar o quanto estreitos são alguns dos nossos passeios, por vezes com obstáculos difíceis de contornar, mais uma vez os prós e os contras... Quem sou eu para aconselhar! Se puderem experimentem pôr o carro na garagem e fazerem os percursos normais dentro da cidade a pé, depois tirem as vossas conclusões.
Na música, “On the Road Again”, de Willie Nelson.
Nos livros, “A Democracia e outros estudos”, de Aldous Huxley.
Chegou a primavera! É tempo de dar corda aos sapatos...
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