Sociedade

AMTSM propõe 40 minutos de comboio entre SJM e o Porto

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A Associação de Municípios de Terras de Santa Maria realizou um anexo técnico no âmbito da Consulta Pública do PNF, que complementa o documento principal “A Linha do Vouga-Proposta de Moção a aprovar na AMTSM”, e que O` Regional analisou.

A “crítica” feita pela AMTSM ao documento prende-se com o conteúdo do Plano Nacional Ferroviário, que esteve em discussão pública até 28 de fevereiro, e que “não prevê na íntegra o potencial da Linha do Vouga”, não estabelecendo para o horizonte de 2050 “qualquer tipo de ação compatível com a visão estratégica que o plano pretende ser”. No entender da associação o “potencial real desta linha não é totalmente conhecido”, pois os estudos de procura realizados até então “não captam a envolvente da utilização” da mesma, “nem da que poderia existir se as condições de mobilidade e atratividade fossem superiores”, mais precisamente o troço entre Espinho-Oliveira de Azeméis, que serve cerca de 600 mil passageiros.
Mais acrescentam que os elementos que constam do PNF, relativos à Linha do Vouga, refletem “na sua maioria ações cuja expectativa de concretização seria de curto prazo”, sendo todas elas passíveis de serem executadas até 2025, no máximo até 2030, situação esta que faz com que se afigure no documento um “hiato” de 20 anos sem qualquer tipo de ação prevista.
O objetivo principal, nas sugestões elaboradas é, tal como referido, o da melhoria da mobilidade das pessoas dentro dos municípios de Terras de Santa Maria para “o coração da AMP”, através do estabelecimento de “um tempo máximo de percurso” que seria de Oliveira de Azeméis ao Porto, de “50 minutos”, e de São João da Madeira ao Porto, “de 40 minutos”, num “horizonte 2033”. Aparentemente este “compromisso” de tempos de viagem, vão “ditar os impactos nos investimentos estruturantes a concretizar”, tanto na envolvente da linha como nos “enlaces da rede existente e a construir”. Mais referem que a “definição deste horizonte de tempo de viagem” deve constituir-se como base para que “num prazo máximo” que propõem que seja “de 3 anos” sejam avaliadas as soluções que permitam iniciar, “no imediato” os projetos e obras para que seja possível a prática dos “referidos tempos de viagem”, num prazo “máximo de uma década”.
Da mesma forma impõem como essenciais a “melhoria das condições de enlace na zona de Espinho”, assim como do traçado atual (pois da forma que está não torna a Linha do Vouga “competitiva”), além de recomendarem a supressão de passagens de nível, uma vez que a sua existência por quilómetro de traçado “é sistemática”.
Os elementos que foram apresentados pela AMTSM reforçam a necessidade de “prever” uma “maior ambição” no horizonte 2050 para a Linha do Vouga, uma vez que a proposta apresentada reflete “uma visão de curto prazo”, e de devolução “das condições mínimas”, sem o efetivo aumento de “competitividade” nos tempos de deslocação.

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