‘O Regional’ foi ouvir as pessoas sobre a ligação de comboio ao Porto, tendo constatado que, para a maioria das pessoas inquiridas – mesmo quem faz o trajeto entre as duas cidades - se trata de uma solução vantajosa.
O nosso jornal procurou saber junto de pessoas da região, que frequentam as ruas de S. João da Madeira, se estas já viajaram de comboio entre esta cidade e o Porto e se uma ligação direta, que só demorasse 40 minutos e tivesse um custo reduzido, poderia ser uma opção para elas. Além disso, questionamos ainda os populares sobre se consideram que os autarcas se devem esforçar no sentido de conseguir implementar a ligação direta até ao Porto.
Maria Garcia, de Santa Maria da Feira, nunca fez a viagem de comboio até ao Porto. Contudo, aos 26 anos, reconhece que a ligação ao Porto seria vantajosa, até para fins profissionais, abrindo o leque de oportunidades.
“Seria uma opção para mim e poderia ser uma mais-valia para conseguir melhores oportunidades de emprego”, afirma em declarações a ‘O Regional’.
No entender de Maria Garcia, este é um ponto “fulcral”, uma vez que cidades como Santa Maria da Feira e S. João da Madeira “são os novos dormitórios da área metropolitana do Porto e, por isso, é super importante arranjar alternativas sustentáveis e economicamente mais vantajosas”, defende.
“Tal como a maioria dos sanjoanenses já fiz várias vezes a viagem [S. João da Madeira – Porto] mas de autocarro”, refere, por sua vez, outra pessoa (que não se quis identificar), para quem “falta o comboio, o tempo e o preço reduzido”, sendo que “não é algo que veja como viável nos próximos anos”.
Para esta pessoa sanjoanense, de 37 anos, é importante haver “uma articulação na rede de transportes”. “Neste momento, a viagem de autocarro para o Porto demora cerca de uma hora com frequência considerável. No entanto, continuamos sem ligação direta para Aveiro e demorada até Ovar - importância estratégica devido à estação”, aponta. Assim, entende que há uma tendência de “olhar a norte e esquecer o sul”.
“Como prioridade, não creio na oferta de um serviço redundante. Penso que os autarcas deveriam diversificar a área de influência da cidade. Apostar as fichas todas na área metropolitana do Porto é redutor e a política de transportes é causa e consequência disso mesmo”, remata.
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