O mundo moderno confronta-se com uma nova mudança de paradigma sobre casamento. O “até que a morte nos separe” de antigamente, sofreu uma mutação e transformou-se no “até deixarmos de ser felizes juntos”.
Hoje o casamento é entendido de forma menos dramática e por essa razão é vivido com menos pressão.
Já faz parte do senso comum, que o casamento só se justifica enquanto o casal é capaz de encontrar felicidade e satisfação na relação.
A verdade é que o mundo mudou e a nossa vida, apesar do avanço tecnológico e científico, está substancialmente mais exigente.
Estamos cada vez mais ocupados, com tarefas para realizar em cada vez menos tempo.
Já não podemos dar-nos à liberdade de manter maus casamentos, pois esse despautério afigura-se não só em sofrimento, como também, em desorganização e disfuncionalidade e perda de produtividade
O drama amoroso shakespeariano, Romeu e Julieta, rico em subtis referências “até que a morte nos separe”, deixou de nos impactar da forma como impactava.
Aquilo que outrora era visto com beleza e entendido como expoente máximo do romantismo, hoje visto com estranheza.
Ninguém emocionalmente saudável, despende o seu tempo ou energia, em relações difíceis, desequilibradas, conflituosas ou que simplesmente não acrescentem.
Só é possível conservar um casamento quando nele se encontra satisfação e reciprocidade.
Aliás, uma das mais importantes condições para o sucesso de um casamento, assenta precisamente no comportamento relacional.
Na forma como o casal se comporta em relação ao companheiro.
Não é o AMOR que mantém um relacionamento, é a forma como o casal comunica e se comporta na relação, que lhes permite manter o amor.
Casais que não comunicam ou que comunicam de forma negativa tendem a deixar os seus relacionamentos falir.
Além de não expressarem, ideias, intenções, emoções e afecto, o que só por si, contribui para o distanciamento do casal, também não resolvem os conflitos que invariavelmente vão surgindo na relação.
Paralelamente a isto, vão também “arrastando” uma vida sexual insatisfatória.
Não só porque o sexo satisfatório, pressupõe intimidade entre o casal e a falta de comunicação concorre para a desconexão emocional e consequente perda de intimidade.
Mas também porque a má comunicação impede o casal de falar abertamente sobre as suas expectativas, desejos e fantasias.
Em grande parte das vezes, os casais não se separam por falta de amor, mas sim por falta de assertividade.
Casais não assertivos que comunicam de forma deficiente, tendem a não ser capazes de resolver os conflitos que invariavelmente vão surgindo dentro da relação.
E esses mesmos conflitos vão se acumulando, como uma bola de neve, fazendo com que o casal se afaste emocionalmente até à inevitável ruptura.
Para que um casamento dure, é preciso AMOR e ASSERTIVIDADE em doses iguais.