Sociedade

CHEDV acompanha 450 sobreviventes de AVC por ano

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Até setembro deste ano, deram entrada no Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga 35 sanjoanenses confirmados com acidente vascular cerebral . Uma doença que continua a ser a principal causa de morte em Portugal

O acidente vascular cerebral (AVC) continua a ser a principal causa de morte em Portugal. O Hospital São Sebastião, em Santa Maria da Feira (CHEDV), revelou a ‘O Regional’ que o serviço multidisciplinar que acompanha sobreviventes de Acidentes Vascular Cerebral tem atendido 450 pessoas por ano, na última década, com uma “visível” evidência de crescimento.
Dados da administração do CHEDV, que gere, além da unidade de Santa Maria da Feira, os hospitais de S. João da Madeira e de Oliveira de Azeméis, a consulta de Doenças Vasculares Cerebrais atendeu, o ano passado, 37 doentes de S. João da Madeira (20 homens e 17 mulheres). Até setembro deste ano, o número rondava os 25 casos confirmados (15 homens e 10 mulheres). Em 2020, por exemplo, o Hospital da Feira atendeu 580 doentes, mas, em 2021, o número aumentou para 643.
Estes números, segundo fonte oficial do centro hospitalar, “representam a principal causa de morte e de incapacidade em Portugal, tendo um impacto humano de enorme magnitude e consequências económicas muito elevadas”. A mesma fonte acrescenta que, no total destes 10 anos, estima-se que tenham sido realizadas mais de 6000 consultas a doentes com AVC.
A equipa responsável por esta consulta “é multidisciplinar”, envolvendo dezenas de profissionais, sendo constituída por cinco médicos e quatro enfermeiros. “É com muita satisfação que os serviços de Neurologia e de Medicina Física e Reabilitação deste Centro Hospitalar acompanham estes sobreviventes de AVC, anualmente, e a tendência é para aumentar”, refere a mesma fonte da administração do hospital.
Os 10 anos de existência destas consultas “deixam todos os profissionais que nela participam plenos de orgulho. Seguimos confiantes e cientes das vidas que mudámos, que continuamos a mudar agora, e que mudaremos no futuro, num verdadeiro espírito de equipa e coesão”, garantem.
Nas deslocações a esta unidade de saúde, é feita uma avaliação pela equipa de Enfermagem de Reabilitação, consulta de Neurologia e de Medicina Física e Reabilitação. Ali, cada doente é avaliado de forma global e completa, o que incluiu uma “investigação etiológica do AVC e o tratamento com medidas de prevenção secundária e estratégias de mudança de hábitos e estilos de vida”, que vão até à reabilitação destes doentes “pós-AVC”, enfatizam.
O primeiro contacto com estes doentes, na primeira consulta de Medicina Física e de Reabilitação, é realizado nas primeiras 48 a 72 horas após o AVC, onde “grande parte dos doentes” inicia, de imediato, “um plano precoce de reabilitação individual, tornando-se potenciador de melhor prognóstico clínico-funcional”.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa de 10 de novembro ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/

 

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