Rostos sem Máscara

Rostos sem Máscara - 36 - “Tenho mais de 5 mil artigos para venda e uma marca de produtos exclusivos”

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São poucos os sanjoanenses que não conhecem a drogaria Lisbonense há várias décadas no coração da cidade. Fernando Ferreira conheceu a profissão quando tinha apenas 12 anos. Aos 46 anos, é o atual proprietário.

É um estabelecimento em pleno centro da cidade, que resiste à passagem do tempo e à concorrência das grandes superfícies comerciais. Nas prateleiras da drogaria Lisbonense estão mais de 5 mil artigos para venda.
Fernando Ferreira, 46 anos, é, há 32 anos, o principal rosto de uma casa que tem as portas abertas há 72 anos. Apareceu neste espaço quando tinha apenas 12 anos, depois “deixar a escola”, e aqui cresceu como pessoa e profissional. No verão de 2006, recebeu um convite para ser “chefe” numa superfície comercial da mesma área. “Aceitei pelo desafio e pelo ordenado. Não sou homem de medos. Gosto de arriscar. Queria aprender mais sobre a área, e isso pesou na altura na minha decisão”, afiança.
Mas, um ano depois, o seu antigo patrão da drogaria sanjoanense desafiou-o a assumir o negócio. ”Chegamos a um acordo, e aqui estou até aos dias de hoje”, onde se mantém de pedra e cal, como proprietário daquela que chama a “única” drogaria “deste género”, que se destaca pelo “atendimento ao balcão, pela diversificada gama de produtos de qualidade, que só aqui podem encontrar”, conta Fernando.
O seu estabelecimento “não faz” concorrência às grandes superfícies. “Tenho e procuro todos os dias ter aquilo que os outros não têm para oferecer aos clientes e a bom preço”, mas lá vai dizendo que estes espaços “acabam sempre por roubar clientes” à sua casa.
Quem procura esta “drogaria à moda antiga” sabe que vai encontrar aquilo que procura. A entrevista foi várias vezes interrompida devido à presença de clientes. Um procurava um filtro para uma torneira, outra uma feramente para limpar os bicos do fogão de gás, ou mesmo um produto anti fungos. O empresário enfatiza que este negócio tem várias vertentes e dá realmente muito trabalho. “Nesta drogaria tenho sempre muito que fazer. É um negócio tradicional, de porta aberta, atendemos sempre ao balcão, e todos os dias temos clientes diferentes. E, 98% das situações que nos chegam, temos aqui a solução para  resolver”, conta.

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