Sociedade

“A pandemia testou a capacidade das pessoas. Há muitas promessas para cumprir”

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Centenas de peregrinos passaram nos últimos dias por S. João da Madeira, com destino ao Santuário de Fátima. Percorrem, a pé, muitos quilómetros, com o intuito de realizarem, ou não, promessas feitas antes e durante a pandemia.

É um cenário que se repete todos os anos. Centenas de peregrinos passam em S. João da Madeira, por esta altura, percorrendo os caminhos que os conduzem ao Santuário de Fátima, para ali participarem nas comemorações das aparições de Nossa Senhora que se realizam amanhã, dia 13 de maio.
São homens e mulheres, vestidos de forma desportiva, com ou sem experiência, novos e velhos, uns com um ar mais cansado do que outros.
A maioria dos peregrinos conhece bem o caminho, pois esta é uma missão que os acompanha há muito, mas também há quem se “aventure” pela primeira vez, para caminhar em média nove horas por dia. E, quando a questão é: “o que significa Fátima para si?”, as respostas dão lugar à emoção e a pergunta fica muitas vezes por responder.

Celina Silva com Maria Neves, de 89 anos. Duas veteranas na peregrinação a Fátima.

O grupo de «Peregrinos de Espinho», como é conhecido, saiu da igreja Nossa Senhora da Ajuda no último sábado, dia 7, e traçou como objetivo chegar ao Santuário de Fátima cinco dias e meio depois da sua partida. A última vez que saíram em peregrinação foi em 2019. Celina Silva é uma veterana nestas peregrinações. “Tem anos que vou mais do que uma vez a pé”. Este grupo é constituído por pessoas de várias cidades, dioceses e idades. “Já fomos 400. Este ano somos só 160. Ainda há quem tenha muito receio da covid-19”, assegura. Realçou que levam estampado nas camisolas do grupo o tema da peregrinação aniversária da primeira aparição: “Levanta-te! És testemunha do que viste!”. Além disso, acredita que este ano a “prova de agradecer” tem um significado diferente. “A pandemia testou a capacidade das pessoas. Há muitas promessas para cumprir. Ir a Fátima é uma prova de verdade”.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3891 de O Re­gi­onal,
pu­bli­cada em 12 de maio de 2022

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