Sociedade

Embaixada da Rússia respondeu à moção de condenação enviada pela Câmara Municipal

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Posição da autarquia de S. João da Madeira de repúdio pela invasão da Ucrânia originou declaração da representação diplomática russa. Uma resposta com recurso a argumentos que têm sido repetidos por Moscovo, mas que não convencem a generalidade

Indo contra os relatos que diariamente chegam da Ucrânia, a embaixada da Federação da Rússia em Portugal vai ao encontro da retórica oficial de Putin na resposta que deu à moção de condenação que recebeu do município de S. João da Madeira. ‘O Regional’ teve acesso a essa missiva, que chegou no mês de março e onde é dito, nomeadamente, que “o exército russo não está a combater contra Ucrânia, nem contra ucranianos”.
Recorde-se que na moção proposta pelo Presidente da Câmara de S. João da Madeira – e subscrita por todos os membros do executivo municipal sanjoanense – se manifestava a “veemente condenação e repúdio” pela invasão da Ucrânia por parte da Rússia, ato classificado como um “manifesta violação do direito internacional”.
Nessa moção, S. João da Madeira apelava à paz e manifestava “toda a solidariedade” para com o povo ucraniano, “sujeito a tremendas provações e profundo sofrimento por força da totalmente injustificável e cruel intervenção russa”. O município sanjoanense reafirmava também a sua abertura para “acolher e apoiar” quem foge da guerra.
Às palavras constantes da moção de condenação enviada pela Câmara de S. João da Madeira, a Embaixada da Rússia respondeu com o discurso oficial já conhecido de que não se trata de uma invasão, mas sim de uma “operação militar especial com o objetivo de desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia”.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3890 de O Re­gi­onal,
pu­bli­cada em 5 de maio de 2022

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