Política

Construção frásica das atas gera mais discussão do que contas de 2021

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Na Assembleia de Freguesia, que decorreu na quarta-feira da semana passada (dia 27), a construção frásica das atas dominou a discussão política de uma sessão para a qual também foi agendado o relatório de prestações de contas relativo ao ano de 2021.

Para a oposição, a redação das atas requer mais cuidado. Lembrando a importância das mesmas para a narração da história da freguesia, a coligação ‘A Melhor Cidade do País’ — que também tinha sugerido que as atas fossem mais sucintas e tivessem anexadas as intervenções na íntegra (o que a mesa não considerou pertinente) — apontou um conjunto de gralhas que, no seu entender, não deveriam constar numa ata.
“[...] tomou a palavra Pedro Neves disse”, “os jornais saíam anterior à data da convocatória” e “se bem se recorda no início destes membros nesta Assembleia” foram alguns dos exemplos atirados pela oposição, para sustentar a “desatenção” na redação das atas da Assembleia de Freguesia.
“O conteúdo está correto”, como apontou Ricardo Queirós, mas a construção frásica não, vincou.
A Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia, Ana Rita Pereira, remeteu para a transcrição e sugeriu que os membros daquele órgão enviassem as intervenções por escrito no sentido de ajudar.
No entender de Pedro Neves, trata-se de uma “redação atabalhoada”, que é feita por uma máquina, mas deveria haveria outra atenção (de recursos humanos) no documento final.
Outro “preciosismo”, como a própria lhe chamou, da coligação teve que ver com documentos enviados e não assinados. Para a oposição, os documentos devem ir já assinados pela Junta e/ou Mesa da Assembleia, para terem validade.
Quanto às contas, foram aprovadas pelo PS, com a abstenção da coligação. No entender do Presidente do executivo, Rodolfo Andrade, “a Junta chegou onde tinha de chegar” e o documento técnico levado à Assembleia de Freguesia “traduz opções políticas” dos dois executivos que estiveram em funções no ano de 2021 (o seu e o de Helena Couto).
Segundo os documentos, a que ‘O Regional’ teve acesso, da previsão orçamental superior a 470 mil euros foram executados cerca de 443 mil euros, verificando-se uma taxa de execução de quase 94%.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3890 de O Re­gi­onal,
pu­bli­cada em 5 de maio de 2022

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