Rostos sem Máscara

Rostos sem Máscara - 17 - Hernâni Costa o “tapa buracos” da sanjoanense

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São mais de 50 anos de pura dedicação à Associação Desportiva Sanjoanense. Hernâni Costa conhece “todos os cantos” do Pavilhão que viu nascer. Os seus serviços como voluntários, ao longo dos anos, deram-lhe a alcunha de “tapa buracos”

Para que um pavilhão desportivo funcione, precisa de gente que faça tudo. Sem que, muitas vezes, quem assiste a um jogo, seja de qual for a modalidade, dê por isso. O que, se calhar, poucos sabem é que o Pavilhão da Sanjoanense, construído em 1960, em S. João da Madeira, contou com ajuda de todos os sócios e, principalmente, do “bairrismo” dos sanjoanenses.
“Uns traziam cimento, outros tijolos, os materiais iam chegando todos os meses, até à conclusão da obra”. Quem o diz é Hernâni Costa, reformado, que viu, o pavilhão da sanjoanense nascer. Pedra sobre pedra, encantou-se pela sua construção, e o amor pelo clube ditou-lhe o futuro. “O pavilhão estava a fazer-se, e sempre acompanhei a sanjoanense. Sempre como voluntário. Uma paixão que não se explica, sente-se”, assume.
Os anos passaram, e manteve-se fiel ao seu clube de coração. Aos 74 anos, conta que esta é, na verdade, sua segunda casa. “Adoro muito a sanjoanense, sempre foi o meu clube, e será até eu morrer”. São poucos aqueles que, ligados ao desporto, em S. João da Madeira, não reconheçam a sua disponibilidade, ao longo dos anos para o clube.
“Sou sanjoanense, de gema, joguei à bola, andebol”, e, ao longo de todos estes anos, mostrou-se sempre disponível para “ajudar”. Com um pé no pavilhão outro no campo de futebol, o importante para Hernâni é servir o clube. Por isso, o designam o “tapa buracos”, pois esteve, e está sempre onde é necessário.
Atualmente, mais ligado ao hóquei patins, prepara tudo para os encontros, e conhece esta casa como ninguém. O senhor Hernâni já é a cara, o sangue e alma deste clube.  “Muitas vezes, largo coisas pessoais para dar do meu tempo ao clube, não sei fazer de outra maneira”.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3877 de O Re­gi­onal,
pu­bli­cada em 3 de fevereiro de 2022

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