Sociedade

Estação dos correios às moscas e o futuro poderá estar em causa

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A falta de estacionamento e as alterações impostas pela administração estão a “afastar” clientes do principal balcão dos Correios. Os CTT garantem que estão “focados” em manter níveis de qualidade e consideram não “haver motivos para preocupação"

Alcides Pinho tem um escritório na Rua João de Deus e só esta semana se apercebeu das alterações que estão em vigor há vários meses. Ao levantar uma carta registada no posto dos CTT de S. João da Madeira, e ao fazer o pedido, “fui surpreendido com a resposta, pois disseram-me que, agora, as cartas registadas vão para o Continente Bom Dia, quase na fronteira de Arrifana, e que eu teria de me dirigir lá”. Esta situação deixou o cliente insatisfeito, pois teve de voltar ao escritório, tirar o carro da garagem “e dirigir-me ao novo local” para levantar uma carta, que deveria ser entregue em S. João da Madeira.
Ao que apurámos, estas alterações, apesar de estarem em vigor “há vários meses”, ainda continuam “pontualmente” a surpreender clientes, que se mostram incomodados com as mudanças feitas pelos CTT, e que os obrigam a deslocarem-se, em algumas situações, mais do que um quilómetro, para levantarem um registo ou uma simples encomenda.
“Até entendo que possa ser vantajoso, pois lá o horário é mais alargado”, mas não esconde a revolta de estar a “meia dúzia de metros” do posto dos correios “e ter que me deslocar lá para cima”, enfatiza uma administrativa, que nos pediu anonimato. Conta que se tem apercebido que o Balcão Central dos CTT, junto ao edifício da Junta de Freguesia, tem estado “às moscas nos últimos meses”, apontando estas alterações, a falta de estacionamento em frente ao edifício, “que foi vedado com pilaretes pela câmara”, e o aumento do valor anual do apartado como as causas principais.
A revolta parece ser ainda maior quando residentes ou comerciantes das ruas João de Deus, Sá Carneiro, Benjamim Araújo, Renato Araújo, entre outras, que estão nas proximidades do estação dos correios, na Rua 11 de outubro, tenham mesmo que se descolar a cerca de um quilómetro para ali levantarem a sua encomenda. Esta administrativa teme o futuro deste balcão central. “Não há muito pouco tempo que se fazia fila para entrar, logo às 9 da manhã. Agora é um deserto, sem clientes. Os que entram, na sua maioria, vão para o Balcão do Banco dos CTT ou para levantar as reformas em dias pontuais”.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3866 de O Re­gi­onal,
pu­bli­cada em 18 de novembro de 2021

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