3700 com os pés na terra

Qual a sua ligação a S. João da Madeira?
Nasci em S. João da Madeira e esta é a cidade onde resido. Tenho aqui a minha família, assim como os amigos mais antigos.

Que avaliação faz do crescimento económico da cidade nos últimos anos?
S. João da Madeira tem mantido uma posição invejável em vários indicadores económicos e sociais. O poder de compra por habitante, por exemplo, tem-se mantido consistentemente acima do observado na região e no país. Também os últimos censos revelam um aumento da população local, em contraste com a Área Metropolitana do Porto e com os concelhos vizinhos. Creio que ainda é cedo para fazer uma avaliação do impacto económico e social da pandemia.

Considera que a emancipação concelhia de 1926 trouxe mais vantagens ou desvantagens?
A emancipação concelhia foi fundamental, não apenas do ponto de vista puramente económico, mas também numa perspetiva identitária. S. João da Madeira é, em muitos sentidos, um concelho singular. Apesar da dimensão territorial reduzida (ou talvez por isso mesmo), o concelho assume uma posição de centralidade relativamente às áreas circundantes e dispõe de níveis razoavelmente elevados de rendimento, instrução e equipamentos sociais. Creio que isso se deve, em grande medida, à autonomização do poder local e à possibilidade de haver uma gestão direta do território, orientada para o seu desenvolvimento e para a resposta às necessidades da população.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3860 de O Re­gi­onal, pu­bli­cada em 7 de outubro de 2021