Sociedade

“Entraves” podem dificultar acesso aos bombeiros

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O acesso do socorro ao centro da cidade, numa situação de emergência, está a preocupar empresários e populares, que afirmam que as “várias” entradas foram vedadas com pilaretes e bancos de jardim.

“A dificuldade no acesso pode ser fatal”. Esta é a certeza de alguns populares e comerciantes, relativamente aos obstáculos que dizem existir no acesso ao Largo de Santo António, onde se encontra o edifício dos Paços da Cultura, correios e espaços comerciais, e o acesso ao próprio centro da cidade.
Luís Castro frequenta diariamente esta zona e questiona-se, perante uma situação de emergência, “por onde entra uma ambulância ou a viatura dos bombeiros”, uma vez que considera os acessos com “muitos entraves”, dando como exemplo os bancos de jardim e os pilaretes colocados recentemente junto ao correios.
Explicou ainda a ‘O Regional’ que, recentemente, “foi necessário socorrer uma senhora que caiu junto da Capela de Santo António, e a ambulância teve que parar junto ao Café Império, pois não tinha como aceder ao local”. Aquele sanjoanense diz que, apesar de considerar que o número de bancos de jardim colocados neste local “são exagerados”, e que raramente alguém ali se senta, a zona “até que ficou com um ar limpo e agradável”. “Se o objetivo era impedir o acesso das viaturas aos correios, foi conseguido”.
Mas com a solução adotada, parece ter sido criado no local outro problema. “Aumentaram os carros mal estacionados”, diz Luís Castro, acrescentando mesmo que muitas pessoas deixaram de frequentar a estação dos correios de S. João da Madeira, mudando o apartado para o balcão de Arrifana, “pois, não tinham onde estacionar o carro para levantar o apartado e as empresas necessitam da correspondência logo pela manhã”. Esta informação foi confirmada por fonte dos correios a ‘O Regional’.
Luísa Pinto era uma das pessoas que aguardava esta semana na entrada dos correios de S. João da Madeira. Reconhece que, depois das obras, a cidade vai ficar com espaços “pitorescos e aprazíveis” para turistas e habitantes locais. Mas aponta o dedo à sua “funcionalidade”, no que diz respeito a uma eventual operação dos meios de socorro. “Por acaso, já andei a verificar se existe alguma entrada aqui ao redor. Não encontrei. Está tudo vedado”. Porém, a situação agrava-se ainda mais, “com as obras que ainda decorrem” junto à Biblioteca de S. João da Madeira.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3849 de O Re­gi­onal, pu­bli­cada em 2426 de junho de 2021.

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